DeepSeek, o app chinês de IA

O aplicativo de inteligência artificial (IA) DeepSeek, desenvolvido na China, gerou um grande impacto no mercado financeiro dos Estados Unidos logo após seu lançamento. Segundo análise da BBC (28/01/2025), o app rapidamente ultrapassou concorrentes e se tornou o mais baixado gratuitamente no país, levantando preocupações sobre a competitividade tecnológica dos Estados Unidos.
Como funciona o DeepSeek
O DeepSeek funciona de forma semelhante a outros chatbots populares, como o ChatGPT, da OpenAI, e o Gemini, do Google. O usuário faz perguntas sobre diferentes temas, e o aplicativo responde com explicações detalhadas, mas sempre evita emitir opiniões. Suas respostas costumam começar com avisos como “o tema é altamente subjetivo” e, muitas vezes, não se posiciona em tópicos sensíveis.
Diferente dos assistentes americanos, o DeepSeek se autocensura em questões consideradas polêmicas pelo governo chinês. Quando questionado, por exemplo, sobre os protestos da Praça da Paz Celestial, as respostas desaparecem ou são substituídas por um alerta pedindo para mudar de assunto.
A tecnologia por trás do DeepSeek
Embora inovador, o DeepSeek utiliza tecnologias acessíveis, como chips Nvidia de versões mais antigas e a arquitetura de código aberto Llama, da Meta, além do sistema Qwen, da AliBaba. Isso reduz custos e desafia o modelo de monetização das grandes empresas de IA americanas.
A pesquisadora Kayla Blomquist, do Oxford Internet Institute, destacou que o governo chinês, até recentemente, teve pouca participação no desenvolvimento do DeepSeek, mas investimentos recentes podem indicar maior envolvimento no futuro.
Implicações para o mercado
Com respostas rápidas e precisas, o DeepSeek conquistou popularidade, mesmo enfrentando limitações, como o excesso de demanda e restrições sobre certos tópicos. Segundo especialistas, sua abordagem mais econômica pode sinalizar uma mudança no paradigma de desenvolvimento de IA, embora os impactos de longo prazo ainda estejam em aberto.
Fontes: BBC News
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